Mil dias de governo Lula, o Brasil e você
PhD Bertoncello
9/29/20252 min ler


Mil dias de governo Lula, o Brasil e você
Após mil dias de gestão, o governo apresenta um balanço difícil de engolir. Vamos relembrar: há ministros acusados de corrupção e de assédio sexual, a maior epidemia de dengue de todos os tempos, um novo tributo a cada 47 dias, o escândalo do INSS, o maior rombo das estatais da história e uma briga declarada com os Estados Unidos, além do alinhamento com a China comunista.
Se ele tira, com as duas mãos, a capacidade de a sociedade se desenvolver, dá com uma para manter seu apoio. Todos sabemos dos programas: Bolsa Família; Minha Casa, Minha Vida (MCMV); Desenrola; Farmácia Popular; Luz para Todos; Gás para Todos; consignado para trabalhadores CLT e para os mais pobres. E não para por aí: há incentivos setoriais às “empresas amigas”, vindos do BNDES, alinhados a um ambiente rentável para os grandes bancos nacionais.
Embora, pessoas que recebem Bolsa Família também podem receber benefícios como Farmácia Popular ou Luz para Todos. Assim, para chegar a um número aproximado, tomaremos como base os relatórios do MDS/CadÚnico (2025) e, como principal benefício, o Bolsa Família, estimado em 51 milhões de pessoas, além das seguintes sobreposições: Farmácia Popular, 90% de sobreposição; MCMV, 60% dos beneficiários estão no CadÚnico; Luz para Todos alcança 40% dos beneficiários do Bolsa Família; Gás para Todos sobrepõe-se em 85%; o Desenrola indica que 50% também recebem Bolsa Família; e, caso seja aprovada a isenção do Imposto de Renda, teremos 30% de sobreposição. Nesse último caso, cabe refletir: dos 20 milhões de brasileiros que serão beneficiados, 6 milhões vivem de benefícios do governo.
Naturalmente, a falta de transparência e a assimetria de informação — e, na minha opinião, dados pouco confiáveis — nos levam a um resultado estimado: entre 90 e 100 milhões de brasileiros recebem benefícios do Governo Federal. Assim, se considerarmos o número de eleitores no Brasil, que, segundo o TSE, é de 158 milhões, e admitirmos que 50% dos beneficiários sejam eleitores, ainda assim eles representariam cerca de 32% do eleitorado brasileiro.
Na eleição passada, tivemos, em números aproximados, 38% de eleitores que não compareceram às urnas, e o presidente Lula foi eleito com 60 milhões de votos, ou 38% do eleitorado brasileiro. Dessa forma, parece-me que os 1.000 dias do governo Lula foram dedicados a manter a “felicidade” de seus eleitores, que não se preocupam com queimadas, rombos nas estatais, dívida pública, escândalos de corrupção ou alinhamento com a China; afinal, entre os membros da sociedade, ele é o segundo a ser beneficiado, logo atrás de grandes empresas ligadas ao governo.
E quem perdeu nesta equação estranha? A classe média, que busca criar riqueza por meio do trabalho e da disciplina, e o trabalhador qualificado, que observa sua qualidade de vida se deteriorar gradativamente. Diante disso, restam duas alternativas muito claras: ou descem um degrau e passam a usufruir dos benefícios destinados aos mais pobres, ou pagam a conta dos beneficiados.
Após mil dias de governo, parece que vivemos as “Mil e Uma Noites” de promessas: algumas histórias encantaram um percentual expressivo da população; outras viraram lendas e memes, como a picanha. Mas o futuro do Brasil está nas mãos dos eleitores, que, como Sherazade, decidirão nas urnas se a narrativa continua ou se o Brasil ganhará um novo final!
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