O que esperamos para 2026?
2026: O ano em que o Brasil pode perder mais uma década, entre impostos recordes, dívida explosiva, produtividade em colapso e uma polarização que divide trabalhadores de dependentes do Estado
PhD Bertoncello
12/15/20253 min ler


Para compreender o futuro, devemos conhecer o passado e compreender as mudanças presentes. No Brasil, as verdadeiras vitórias foram ocultadas, as realidades presentes relativizadas e, por este motivo, temos grandes dificuldades de ter uma visão verdadeira sobre o futuro brasileiro.
Em algum momento, você estudou sobre o domínio global da produção de café e laranja, da industrialização acelerada e diversificação que causou o milagre econômico ou da revolução da agricultura tropical? Todos estes fatos se consolidaram por causa de muito trabalho e estudo de muitas pessoas no passado que mudaram o destino do Brasil.
Se o passado foi apagado, o presente está sendo relativizado, o “nó” fiscal que coloca o Brasil em crise fiscal crônica e eleva a dívida pública, a baixa produtividade brasileira, que é consequência da fraca educação, sendo resolvida com assistencialismo e, por fim, a falta de ações práticas para o desenvolvimento econômico sendo simplificada como polarização política podem condenar o Brasil a perder mais um ano; e podemos ter 2026 como mais um ano perdido na nossa história.
Para 2026, o “nó” fiscal vai piorar: a dívida pública, segundo o governo, ficará em 82,5% do PIB; para o FMI, a dívida vai ficar em 95% e, para 2027, vai superar 100% do PIB. Os números diferentes são determinados por metodologias diferentes, mas a solução para amenizar isso são apenas duas: ou diminui os gastos ou aumenta a receita. E o Brasil vai aumentar a receita aumentando os impostos. Grave estes nomes: IBS, CBS, IR sobre lucro, dividendos e juros sobre capital próprio, unificação de alíquotas em aplicações financeiras e Split Payment, um nome bonito que quer dizer: ao vender um produto, você paga o imposto antes de receber o dinheiro. Todos farão parte da sua vida em 2026!
Já a baixa produtividade brasileira vai piorar. Vamos ser honestos: um país que tem 48 milhões de pessoas no Bolsa Família e 39 milhões com carteira assinada não pode dar certo. E, para piorar, temos 12 milhões de funcionários públicos cujos salários somados superam a renda dos 39 milhões de assalariados. Como solução, a principal meta do governo é diminuir as horas trabalhadas, de 44 horas para 36 horas; assim, a conta da baixa produtividade ficará para os 4 milhões de empreendedores. Apenas para ficar registrado: baixa produtividade é resolvida com melhoria no sistema de ensino e mais trabalho!
Para finalizar, 2026 será polarizado: de um lado, os que não aguentam mais pagar a conta e vão buscar saídas fiscais para pagar menos impostos, saídas econômicas para concentrar seus esforços em lugares que valorizem o trabalho ou saídas emocionais para esquecer que vivem no Brasil. Do outro lado dessa polarização estão aqueles que falam em direito adquirido: o direito aos benefícios de um bom cargo público, o direito à esmola do Bolsa Família, afinal, minha mãe recebia, eu tenho direito também e dos políticos que, afinal, conseguem enganar o maior número de pessoas possível para ter as maiores regalias possíveis.
Concluindo o artigo, vamos traduzir isso em números: este cenário vai legar ao Brasil um crescimento econômico abaixo de 2%, baseado no aumento dos gastos públicos, no consumo das famílias endividadas e no empobrecimento da classe média. Teremos o aumento da dívida pública, que pode trazer, já em 2027, o colapso econômico com aumento da inflação em números nunca vistos desde o Plano Real, e a pátria será dividida entre 39 milhões de trabalhadores, 49 milhões de viciados por benefícios estatais, 34 milhões de aposentados sem salários e poucos ganhando com toda esta desordem social programada.
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