Hora de entrar ou sair da Bolsa Americana?
PhD Bertoncello
5/21/20253 min ler


Ao longo do século XX, os mercados financeiros dos Estados Unidos passaram por profundas transformações que moldaram não apenas o capitalismo americano, mas também o sistema financeiro global. Dois dos principais índices que se tornaram referência mundial, S&P 500 e Nasdaq, nasceram em contextos distintos, porém complementares. O S&P 500, criado em 4 de março de 1957 pela empresa Standard & Poor's, foi o primeiro índice a representar de forma abrangente o desempenho médio das 500 maiores empresas de capital aberto dos Estados Unidos, com base em critérios rigorosos de liquidez, governança e relevância econômica. Já o Nasdaq, fundado em 1971 como o primeiro mercado eletrônico de ações, revolucionou a trading ao priorizar empresas de tecnologia e inovação, como Apple e Microsoft. Marcado por marcos como o boom tecnológico dos anos 1990 e a correção de 2022, o Nasdaq se tornou sinônimo de crescimento e volatilidade. Ambos os índices, hoje dominados pelas "7 Magníficas" (Tesla, Nvidia, Apple, Alphabet, Microsoft, Amazon e Meta), são essenciais para investidores, refletindo não apenas o desempenho corporativo, mas também as tendências macroeconômicas e tecnológicas que moldam o futuro global.
No universo dos mercados financeiros, a noção de máxima histórica de um ativo exerce um papel que transcende a análise puramente técnica, assumindo dimensões comportamentais e emocionais profundas. A máxima histórica representa o maior preço já alcançado por uma ação, índice ou qualquer ativo financeiro desde o início de sua negociação. Embora, do ponto de vista matemático, se trate apenas de um dado estatístico, seu impacto sobre o comportamento dos investidores é significativamente ampliado por vieses cognitivos que moldam a tomada de decisão. Na obra "Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar", Daniel Kahneman descreve a interação entre dois sistemas mentais: o Sistema 1, rápido, intuitivo e emocional, e o Sistema 2, lento, analítico e racional. Quando um ativo se aproxima ou ultrapassa sua máxima histórica, o Sistema 1 é ativado de forma intensa, desencadeando uma série de respostas emocionais como euforia, excitação e, muitas vezes, o receio de "ficar de fora" de uma oportunidade, conhecido no mercado pelo acrônimo FOMO (Fear of Missing Out). Este fenômeno frequentemente leva ao aumento da demanda, gerando movimentos de alta que, por vezes, são desconectados dos fundamentos econômicos. Por outro lado, o rompimento ou a incapacidade de superar a máxima histórica pode gerar frustração, aversão à perda e comportamentos de realização precoce de lucros, também influenciados pelo viés de referência. Assim, a máxima histórica não é apenas uma referência de preço, mas um gatilho psicológico capaz de amplificar tanto movimentos de valorização quanto de correção, moldando a dinâmica dos mercados através da interação entre cognição, emoção e decisão financeira.
Outro ponto importante de conhecer a máxima histórica de uma ação, é de usar como sua referência como investidor e assim, financeiramente, alcançar ou se aproximar da sua meta de ganho.
À medida que os preços das ações se aproximam de suas máximas históricas, a cautela se torna imprescindível, especialmente diante da possibilidade de um Cisne Negro, conceito popularizado por Nassim Nicholas Taleb para descrever eventos raros, imprevisíveis e de impacto devastador que desafiam previsões baseadas em padrões históricos. Em 2025, as "7 Magníficas", que representam cerca de 30% do S&P 500 e 50% do Nasdaq, estão a distâncias variadas de suas máximas do ano — de 1,3% para a Microsoft a 29,6% para a Tesla —, criando um cenário de otimismo temperado por riscos. Taleb alerta que mercados próximos a picos históricos são vulneráveis a complacência, onde investidores, ancorados em ganhos passados, subestimam a fragilidade do sistema financeiro.
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